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domingo, 27 de agosto de 2017

Miniatura Marvel Nº 56 - Deadpool

Miniatura Marvel Nº 56 - Deadpool

Deadpool foi criado para ser o personagem politicamente incorreto da Marvel. Não é à toda que sua criação se deu quando os quadrinhos mergulharam em uma espiral descendente de mediocridade e falta de criatividade, a saber, os anos 90. O chamado Mercenário Tagarela é a síntese de uma Era dos quadrinhos em que os desenhos eram super valorizados e os roteiros eram literalmente descartáveis e relegados à um total segundo plano. Uma fase fútil e descartável das HQs de super-heróis. A própria origem de Deadpool mostra que o homem por trás da máscara (um cara simplesmente conhecido como Jack), era uma pessoa sem princípios, grosseiro e violento. Por mais que o cinema tente vender um personagem diferente, é importante lembrarmos quem Deadpool realmente é nos quadrinhos.

Miniatura Marvel Nº 56 - Deadpool

Para os fãs do personagem sua peça na Coleção de Miniaturas Marvel Eaglemoss ficou muito boa em minha opinião. Os detalhes do uniforme estão bem modelados, e todos os adereços que fazem do personagem um misto de duende com ninja, estão presentes. O cinto com recursos militares, bem como o coldre na lateral direita ficaram bons. O coldre marrom, aliás é sustentado por faixas desta mesma cor que se unem na região peitoral esquerda e alcançam então o pescoço. Um detalhe muito usado nos personagens dos anos 90. Exemplo é o Ciclope dos anos 90, que usava algo muito semelhante.

Miniatura Marvel Nº 56 - Deadpool

A espada na mão esquerda e a arma cano longo na direita também estão boas. As bainhas nas costas, que servem para guardar suas espadas ninja, são marcantes e muito bem apresentadas na peça. O uniforme possui uma separação muito clara entre as partes vermelho e preto, e isso ficou muito bom na peça. Podemos notar, por exemplo um alto relevo que contorna toda a separação entre essas partes de cores diferentes. Isso ficou legal pois nos dá a impressão de que o uniforme não é uma simples malha, mas é, na verdade, algo mais consistente e rígido. No geral não tenho queixas da peça. Posso dizer que sua riqueza de detalhes é um diferencial.

Miniatura Marvel Nº 56 - Deadpool

A origem de Deadpool é cercada de mistérios e lacunas. Jack era o nome que o homem por trás da máscara usava desde a adolescência, quando entrou para o exército canadense. Dono de uma mente instável e uma enorme inclinação para a violência, Jack não tardou a entrar para a vida de mercenário. Exercendo este ingrato ofício, Jack foi ferido mortalmente e resgatado quase morto por um casal que, movido por compaixão o recolheu e o tratou. O casal chamava-se Wade e Mercedes Wilson. Muitos dias depois, já recuperado, Jack agradece seus salvadores atacando-os e tentando roubar a identidade de Wade. Na luta, Jack acaba por matar Mercedes. Talvez abalado, ou tentando fugir do crime hediondo que praticara, Jack passa a acreditar que seu nome era Wade Wilson. Voltando a agir como um mercenário, Jack (ou agora Wade Wilson) desaparece do radar e viaja o mundo (Ásia e Oriente Médio) como um matador de aluguel.

Miniatura Marvel Nº 56 - Deadpool

Retornando à América, Jack fica sabendo que está com câncer e se voluntaria para o programa Arma X do Governo Canadense. O programa fazia experiências clandestinas usando genes mutantes e é o mesmo que deu origem ao Wolverine que conhecemos hoje. As experiências com Jack foram parcialmente bem sucedidas, pois o dotou de um fator de cura extremamente eficaz, no entanto desfigurou seu corpo. O Programa tentou levar Jack à campo, apenas para perceber o quão instável mentalmente ele era. Assim, rejeitado pelo programa, Jack é levado à uma Instalação do Governo Canadense para super-humanos que saíram dos trilhos. Foi lá que Jack assumiu o codinome Deadpool (algo como Lista Negra em português). A lista, no caso referia-se à uma lista real sobre a qual o detentos apostavam quem seria o próximo à morrer nas mãos dos carrascos que dirigiam o local. Mas, superando todas as expectativas, Jack não apenas sobrevive como lidera os detentos em uma fuga, matando seu principal algoz, o assistente Ajax.

Miniatura Marvel Nº 56 - Deadpool

Adotando o nome de Deadpool, Jack ou Wade Wilson, como a maioria dos leitores o chamam, voltou a vida de mercenário ganhando dinheiro trabalhando para diversos chefões do crime. O ponto forte do personagem sempre foi seu sarcasmo e humor negro. Isto conquistou uma legião de fãs que, talvez cansados da conotação sombria e angustiada que muitos heróis tomaram no final dos ano 80, passaram a ovacionar Deadpool como se ele fosse o novo fenômeno dos quadrinhos, algo como um novo Wolverine. Com o tempo as histórias do personagem acabaram por serem um local para roteiristas e desenhistas extravasarem suas críticas ao que quer que fosse, parodiando e escrachando tudo que fosse convencional dentro das HQs. Por isso, recursos como metalinguagem e a quebra da 4ª parede (recurso no qual o personagem percebe-se como fictício e tenta dialogar com o leitor) sempre estiveram presentes.

Miniatura Marvel Nº 56 - Deadpool

Deadpool só possui a fama que tem porque realmente vivemos em um Mundo surreal, no qual as notícias parecem cada dia mais ficcionais. Isso ampara o uso de personagens que trafegam nessa linha entre o surrealismo, a violência desmedida e a total ridicularização de tudo e de todos. No Brasil, programas de TV como Pânico na TV, entre outros, foram por este caminho na tentativa de capitanearem sucesso. A questão é que, embora até possa ser divertido, ações destituídas de quaisquer princípios acabam por descambar e ferir pessoas, física ou emocionalmente. Deadpool talvez seja apenas uma fantasia escapista e que acaba por divertir, mas só. Diferentemente de outros personagens que evocam questionamentos e inspiram jovens e crianças.

Miniatura Marvel Nº 56 - Deadpool

O filme de Ryan Reynolds trouxe alguns elementos dos quadrinhos, dentre eles a ridicularização de tudo e de todos, embora de uma forma mais contida e cuidadosa. A violenta e maligna índole de Jack também foi escondida para deixar o personagem mais aceitável, que é visto mais como vítima de um sistema do que como coparticipante dele. Posso dizer que gostei do filme, há muita violência gratuita, mas o filme é o que mencionei acima, escapismo. Mas não há problema nisso. No fim, talvez seja isso que o Mundo, assolado pelos fantasmas atuais, busque.

Grande abraço!!

domingo, 13 de agosto de 2017

Fotos Profissionais em Casa - Mini-Estúdio Fotográfico


Olá amigos... Hoje resolvi trazer uma dica que eu mesmo há muito procurava. Qualquer um que goste de colecionismo sempre teve em mente a exposição fotográfica de suas peças. Saber tirar fotos adequadas envolve estudo e conhecimento técnico acerca de luz, máquinas fotográficas e ambientes. Algo que requer estudo e aprofundamento, o que dificulta para todos nós por falta de tempo e dinheiro. Recentemente vi uma solução na internet e resolvi experimentar: ter um mini estúdio fotográfico em casa. A empresa MUTU - Produtos Criativos teve uma excelente ideia de proporcionar, de forma compacta e acessível, um mini estúdio fotográfico doméstico perfeito para quem quer fazer fotos sem fazer feio. Fiz meu pedido semana passada, recebi ontem e logo já fui testar. O resultado vocês verão nas fotos abaixo.

Família Cósmica Marvel - Eaglemoss

O vídeo na abertura desta matéria já mostra o conceito por traz do produto. Feito de chapas plásticas unidas de maneira a formar uma abóbada iluminada, o estúdio permite a inserção de fundos de várias cores dando a perspectiva de infinito à foto. No caso da foto acima eu usei o fundo branco. A iluminação em "led" é forte e elimina a necessidade de se fazer os famosos recortes na foto para retirada de fundos indesejáveis.

Heróis e Vilões da Era de Ouro dos Quadrinhos - Eaglemoss

Não há necessidade de se usar "flash" por causa da excelente iluminação. O melhor resultado é obtido deixando a máquina fotográfica configurada para uma maior captação de luz, ou seja, deixar a máquina ajustada para fazer a foto com o diafragma mais aberto. Este ajuste é comum e de fácil acesso em todas as máquinas digitais e celulares. Por isso minha recomendação (que é a mesma presente no Manual do Fabricante) é não deixar a máquina fotográfica no "Automático", mas sim no "Manual", o que permitirá tal ajuste.

Personagens Clássicos da Família Fantástica da Marvel - Eaglemoss

Na foto acima do Sr. Fantástico, Mulher-Invisível, Tocha-Humana, Coisa, Galactus e Surfista Prateado, eu ajustei a câmera para receber mais luz e, como podem ver, o fundo branco ficou sem marcas e bem integrado ao fundo branco aqui do Blog, o que deixou a foto completamente sem marcas indesejáveis. Minha expertise é baixa para fotografia, e minha prática com o mini estúdio anda é pequena, já que o recebi ontem. No entanto, já consegui fotos que me agradaram bastante.

Surfista Prateado - Eaglemoss

Surfista Prateado - Eaglemoss

Acima vocês podem verificar o mesmo personagem fotografado em fundo preto, porém com aberturas diferentes de diafragma da câmera. Fiz este experimento para verificar as várias opções de foto possíveis com um simples ajuste na câmera. Usei minha câmera digital simples da Panasonic. 

Demolidor - Iron Studios
Demolidor - Iron Studios
Demolidor - Iron Studios
Demolidor - Iron Studios
Demolidor - Iron Studios
Demolidor - Iron Studios

Obviamente, ainda preciso melhorar bastante na aquisição das fotos. Mas fiquei contente em conseguir resultados bons já de primeira. Há duas opções de tamanho de mini estúdio fotográfico na MUTU, um com 35 cm de altura, largura e profundidade e outro de 60 cm. O pedido básico acompanha o estúdio, já com a iluminação de "led" instalada, uma fonte bi-volt para ligar o "led" à rede elétrica e 03 fundos infinitos (01 branco, 01 preto e 01 verde). Além disso, estão disponíveis outros fundos em outras cores, e um segundo kit de lâmpadas de "led".

FNM D-9500 Brasinca – 1957 – Carretos - Planeta DeAgostini
FNM D-9500 Brasinca – 1957 – Carretos - Planeta DeAgostini
FNM D-9500 Brasinca – 1957 – Carretos - Planeta DeAgostini

Acredito que esta dica possa ser útil para muitos de vocês. Não achei o preço do Mini Estúdio tão exorbitante. Paguei R$ 178,00 (Mini Estúdio + Kit com 03 fundos infinitos). Na 1ª compra eles dão R$ 20,00 de desconto. O material do estúdio é semelhante àquele usado em pastas de arquivo-morto de plástico. Este é um ponto negativo, pois não é um material muito resistente. Mas acho que tendo cuidado não há problemas. Ah... A forma de fixação das paredes durante a montagem da caixa se dá por meio de ímãs já instalados nas folhas plasticas. Achei bem fácil de montar e desmontar.


Este é o estúdio montado ontem aqui em casa. Bom amigos... É isso aí... Um grande abraço à todos e boas fotos!
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