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sábado, 28 de setembro de 2013

Imperdoável - Mark Waid


Até há um tempo atrás, se você me perguntasse qual seria meu roteirista favorito no dias de hoje, eu possivelmente lhe diria (um tanto quanto relutante) que seria Mark Waid. Veterano de obras primas como "Reino do Amanhã", Waid vem conseguindo manter uma produção sempre acima da média. Haja vista seu recente prêmio à frente do título do "Demolidor" nas categorias de "Melhor Série" e "Melhor Escritor" na edição de 2012 do Prêmio Eisner (o Oscar dos Quadrinhos). No entanto, caso você repita essa mesma pergunta hoje, eu responderia sem sombra de dúvidas que meu roteirista favorito é MESMO Mark Waid. Essa certeza veio quando terminei de ler a história "IMPERDOÁVEL", lançada recentemente aqui no Brasil pela Editora Devir. Uma HQ que vai direto para a categoria das minhas favoritas e gostaria de explicar o porque abaixo.



Devo iniciar perguntando:

"Até quando um homem continuaria sendo bom diante de um mundo que debocha dessa bondade, de um mundo que ridiculariza essa bondade e se aproveita dela?".

"Até quando alguém aguentaria ser vilipendiado, incompreendido e descartado?".

Em Imperdoável Mark Waid trabalha profundas questões ao indagar, nas entrelinhas, o quanto a "bondade" faz sentido quando não está acompanhada de outras qualidades ou virtudes que poderiam dar sentido a ela e torna-la relevante. Ou seja, ao ler as páginas de Imperdoável é possível entender que nosso mundo não consegue lidar com a bondade em seu estado bruto e único. Na história, o personagem principal, um ser invulnerável, superforte, capaz de voar e lançar raios destrutivos através de seus olhos (qualquer semelhança não é mera coincidência), perde a cabeça e se lança contra a humanidade trazendo pânico e histeria à todos. Seu nome é desconhecido, todos o conhecem apenas como "O Plutoniano". Durante seus anos de bem feitor seus colegas super-heróis o chamavam apenas de "Tony".


A grande surpresa ao longo da narrativa é ir descobrindo aos poucos o que foi tirando Tony dos trilhos, o que foi exaurindo e sugando sua fé na raça humana. Pistas vão sendo liberadas em doses homeopáticas. A própria comunidade super-heróica se vê incapaz de lidar com a mudança, mas ao mesmo tempo, e de alguma forma, parece que também possui certa culpa. Como o próprio prefácio da história nos conta, ninguém se torna um vilão da noite para o dia. "A estrada para a escuridão é cheia de momentos de traição, de perda, de decepção e  fraqueza super-humana". 


Tudo é muito nebuloso e instigante para quem lê ao tentar entender tamanha crueldade por parte do Plutoniano. O leitor, no entanto (em algumas partes) se vê autorizando e validando os atos de barbarismo do personagem ao ter vislumbres de sua história pregressa. Como lidaríamos com amigos que abusaram insistentemente de nossa generosidade? Como reagiríamos à inimigos que nos revelassem as assustadoras verdades e motivações por trás de tudo? Como aguentaríamos tudo isso?


A história é surpreendente não pela violência eventualmente presente, mas por indagar sobre questões e sentimentos que nos assustam e estão presentes no interior do coração humano. A Devir lançou apenas o Volume 01, e com um preço um pouco salgado (R$ 45,00). Porém resolvi investir no material porque sabia da qualidade da escrita de Mark Waid. Apesar do preço, valeu o investimento. A história é daquelas que quando vai se aproximando do fim do volume, você vai lendo cada vez mais devagar para aproveitar melhor cada cena.


De qualquer forma, gostaria que a Devir não demorasse tanto para lançar o Volume Dois. A história vem ganhando aplausos lá fora também. No posfácio do volume publicado aqui, Grant Morrison faz um complexo, porém interessante elogio à obra. É impossível não pensarmos que essa poderia ser a história do Superman caso ele vivesse em um mundo menos idealizado, como é o caso do Universo DC.


Mark Waid vem surpreendendo pela constância na qualidade de suas obras. Sua postura também é humilde e consistente com aquilo em que acredita. Pude ver isso durante uma entrevista recente na qual ele foi provocado por um jornalista que lhe indagou se não iria entrar na justiça contra a DC em função dela ter usado algumas de suas ideias no último filme do Homem de Aço. Detalhe: ideias que ele concebeu em HQs escritas para a própria DC. De forma muito simples Waid disse que os escritores deveriam aprender que quando escrevem algo sob contrato, tais ideias são de propriedade sua e da editora, e que se alguém quisesse ter ideias de domínio unicamente próprio, deveriam escrever trabalhos essencialmente autorais. O repórter deve ter ficado sem saber o que comentar. rs rs


Para finalizar não podia deixar de lembrar de outra história recente de Mark Waid publicada por aqui (além da do Demolidor, comentada acima): Um Homem Fora de Seu Tempo, publicada na revista Avante Vingadores Nº 53. Uma narrativa estrelada pelo Capitão América que mostra a dificuldade de se ver em uma época totalmente diferente da sua e da dor de se sentir completamente anacrônico (algo aliás que eu mesmo venho me sentindo). No link acima pode-se conferir uma matéria sobre essa ótima história.


Ok amigos. Um Grande Abraço à todos!

domingo, 22 de setembro de 2013

Miniatura Marvel 28 - Sr. Fantástico

Miniatura Marvel Nº 28 - Sr. Fantástico

Olá amigos... Nessa matéria veremos algumas características da 28ª miniatura da Coleção de Miniaturas Marvel. O Sr. Fantástico é talvez o personagem da Casa das Ideias que mais concentre os atributos de uma mente brilhante em associação com um senso de justiça e ordem. As virtudes: pai de família, marido devoto, amigo e cientista, fazem de Reed Richards um herói que cativou há muitos, ao mesmo tempo que já foi visto como antiquado e pouco atraente por outros. A peça da coleção traz Reed em uma posição interessante, pois sua figura precisava trazer alguma referência ao seu poder, o de se esticar. Veremos agora alguns detalhes!

Miniatura Marvel Nº 28 - Sr. Fantástico

Para confecção da peça, o Sr. Fantástico foi retratado em seu uniforme tradicional. À exceção da gola escura mais alta, o uniforme é basicamente aquele observado por ocasião de sua criação em 1961 pela inigualável dupla Stan Lee e Jack Kirby. Os anos 60 foram sem dúvida um período de renascimento nos quadrinhos. Uma revolução que trazia de volta o gênero HQ de Super-Heróis, anteriormente esquecido pelos eventos deflagrados em meados dos anos 50 com a perseguição desse tipo de arte. Lee e Kirby construiram uma mitologia realmente atrativa, envolvendo estereótipos importantes para a sociedade  da época. Um deles era o estereótipo do cientista com boa índole que teria o poder de colocar qualquer nação em um patamar relevante no mundo. Reed Richards seria a encarnação desse ideário.

Miniatura Marvel Nº 28 - Sr. Fantástico

A origem do Sr. Fantástico está intimamente ligada a de outros importantes heróis da Marvel que juntos formaram o Quarteto Fantástico, O Coisa (Benjamim J. Grimm), Tocha Humana (Johnny Storm) e sua esposa Mulher-Invisível (Sue Storm). Embora o Quarteto Fantástico não esteja atualmente nos holofotes da mídia nerd, sem dúvida nenhuma a participação de Reed Richards e de seus amigos de equipe ajudou a construir e consolidar o gênero "quadrinho de Super-Herói". Tornando-o relevante para todos nós até hoje.

Miniatura Marvel Nº 28 - Sr. Fantástico

Dentre os aspectos relevantes na vida do personagem, podemos citar sua eterna rixa com seu correspondente maligno: o Dr. Destino (Victor Von Doom). Conhecidos desde os anos de faculdade, os dois mantiveram acesas suas diferenças, dando origem à histórias relevantes no Universo Marvel. Com intelectos brilhantes, Richards e Von Doom poderiam fazer muito pelo mundo, caso fossem aliados, porém a inveja de Destino por um lado, e os inúmeros sucessos de Richard por outro, impediram uma conivência pacífica.

Miniatura Marvel Nº 28 - Sr. Fantástico

A trajetória conjugal de Reed e Sue Richards também já foi alvo de histórias marcantes. Praticamente o 1º casal relevante dentro do Universo Marvel, o casamento dos dois foi brilhantemente ilustrado por Alex Ross durante a Obra-Prima "MARVELS". Minissérie lançada em 1994, escrita por Kurt Busiek e desenhada por Alex Ross. Em uma incrível cena desenhada a partir do altar, é possível identificar inúmeros heróis nos bancos da igreja, bem como algumas célebres personalidades dos anos 60. Tipo de coisa que valoriza e torna uma obra clássica! A mesma cena seria novamente reproduzida em outra história, de 2005, com roteiro de Karl Kesel e arte de Drew Johnson. Na história "Fantastic Four Wedding Special" pode-se observar Stan Lee e Jack Kirby tentando entrar na igreja, porém sendo barrados por Nick Fury e outro agente da Shield (rs).

Miniatura Marvel Nº 28 - Sr. Fantástico

Ainda no âmbito conjugal, não posso esquecer de comentar a certa rivalidade que sempre existiu entre o Sr. Fantástico e o Rei Submarino Namor. Esse último se apaixonaria por Sue Storm e protagonizaria interessantes momentos de disputa entre ele e Reed. Bom... Sem dúvida nenhuma a Sra. Richards arrasou muitos corações!

Miniatura Marvel Nº 28 - Sr. Fantástico

De igual modo relevante, é a participação do Sr. Fantástico em um dos mais misteriosos grupo de heróis já formados: Os Illuminati! Após a Guerra Kree-Skrull importantes heróis foram convocados por Reed Richards para comporem um seleto grupo que (nos bastidores) tentariam lidar com crises antes mesmo de acontecerem. A ideia vem sendo aproveitada nas últimas sagas da Marvel de maneira interessante. Inicialmente Os Illuminati foi formado pelo Sr. Fantástico, Namor, Dr. Estranho, Homem de Ferro, Professor Xavier e Raio Negro dos Inumanos. Recentemente o grupo voltou a se reunir em duas ocasiões importantes. Primeiramente na saga em que o vilão Capuz rouba as joias do infinito. Com desenrolar dos fatos  o Capitão América descobre a existência do grupo e passa a integra-lo. E durante os eventos da saga Vingadores x X-men, quando o grupo se reúne para tentar convencer Namor a desistir do poder da Fênix e convencer Ciclope a abdicar de seu atual plano de remodelamento mundial.

Miniatura Marvel Nº 28 - Sr. Fantástico

A miniatura do Sr. Fantástico é interessante, mas não chega a impressionar. A relevância do personagem torna, no entanto necessária sua presença em nossa coleções. Não apenas para compor o Quarteto Fantástico em nossas estantes, como também compor a formação dos Illuminati!!

Em breve novas atualizações com os heróis recentemente lançados da DC! 
Deixo meu grande abraço à todos!

sábado, 14 de setembro de 2013

Miniatura Marvel 27 - Homem-Areia

Miniatura Marvel Nº 27 - Homem-Areia

Pertencente à grande e memorável galeria de vilões do Homem-Aranha, o vilão conhecido como Homem-Areia é a 27ª peça da Coleção de Miniaturas Marvel. Ao lado de personagens do universo aracnídeo da Marvel como Duende Verde, Dr. Octopus, Kraven dentre outros, o Homem-Areia angariou certa projeção ao longo de sua carreira na Casa das Ideias. Para o público em geral seu maior momento foi sua participação como um dos vilões da megaprodução da Sony "Homem-Aranha 3". Nessa matéria conheceremos um pouco das características dessa peça, bem como algumas curiosidades a respeito da vida deste interessante vilão.


Miniatura Marvel Nº 27 - Homem-Areia

Assim como aconteceu em relação à algumas miniaturas da coleção que, à princípio não haviam chamado atenção dos fãs mas depois surpreenderam, com esta aqui aconteceu algo semelhante, revelando-se uma boa surpresa. Além das cores vivas, a presença de alguns detalhes ajudam à logo identificar o poder do vilão. A mão em formato de bloco de concreto e os membros inferiores amalgamados em um único pedestal de areia, sem dúvida nenhuma proporcionaram uma leveza própria de um personagem em movimento.

Miniatura Marvel Nº 27 - Homem-Areia

No âmbito da coleção, essa peça marca um importante momento para os colecionadores aqui no Brasil, ou seja, representou o fim do 1º ano de assinaturas. Quem assinou a coleção recebeu nesse 1º arco 26 peças a contar do Nº 02 (Wolverine). O Nº 01 (Homem-Aranha) não entrava na contagem, já que podia ou não ser incluído no pacote de assinatura. Sendo assim, o Homem-Areia tem também essa importância como referência para os fãs da coleção.

Miniatura Marvel Nº 27 - Homem-Areia

Criado por Stan Lee e Steve Ditko, a 1ª aparição do Homem-Areia se deu no Nº 04 da revista Amazing Spider-Man de Setembro de 1963. Ao concebe-lo com essa roupa (camisa verde listrada, calça marrom) e físico forte, Lee e Ditko conseguiram incorporar ao personagem o temperamento que haviam pensado para ele, um sujeito das ruas, estilo "valentão", briguento e com uma queda para o crime. Apesar disso, os autores também plantaram bem lá no fundo de sua psique, uma brecha para que ele viesse a ser, eventualmente, um sujeito bom. Isso pôde ser explorado no 3º filme do Homem-Aranha citado acima.

Miniatura Marvel Nº 27 - Homem-Areia

William Baker (nome verdadeiro do vilão) cresceu em uma vizinhança "barra-pesada" de Nova Yorke. Esse fato, associado ao seu temperamento brigão determinariam sua carreira. Com um promissor futuro como jogador de futebol americano, Baker seria seduzido pelo dinheiro fácil ao aceitar suborno para entregar um jogo em um campeonato. Após ser descoberto, sua vida desandaria de vez. Com o tempo, passou a adotar o nome de Flint Marko todas as vezes que era pego pela polícia. Essa estratégia entrava em cena para que sua mãe não se decepcionasse com seu irascível filho. Até esse momento Baker não havia conseguido seus poderes. Porém, depois de várias passagens pela prisão ele conseguiria fugir e, para se esconder da polícia, se refugiaria em uma praia próxima à uma zona de testes nucleares. Ele mal sabia, mas o que aconteceria ali mudaria sua vida para sempre!

Miniatura Marvel Nº 27 - Homem-Areia

Um teste nuclear foi realizado próximo à praia e pegou Baker desprevenido, porém ao invés de o matar, a explosão desencadeou uma reação estranha, fazendo sua estrutura molecular fundir-se à areia da praia. Daí em diante ele conseguiria estruturar ou desestruturar seu corpo usando  a areia como molde. Foram muitos os embates entre o Homem-Areia (Sandman no original) e o Homem-Aranha. Não preciso nem mencionar que o Aracnídeo saiu vitorioso em todas elas. Com o passar do tempo o vilão até passou por um período no qual tornou-se um bom sujeito, recebendo inclusive um convite para entrar para os Vingadores. Isso resultou em uma curta passagem pelo maior grupo de heróis da Marvel.

Miniatura Marvel Nº 27 - Homem-Areia

Para aqueles colecionadores que estão montando áreas temáticas com suas peças, o Homem-Areia não pode faltar na área da sua estante reservada ao Amigão da Vizinhança. Para mim foi realmente uma surpresa positiva essa peça e volta e meia eu a pego na mão para admira-la.

Miniatura Marvel Nº 27 - Homem-Areia

Bom amigos... Na sequência mais fotos das coleção. Aguardem! Grande abraço à todos!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Iluminação da Cristaleira - Dicas


Aproveitando que o tema da semana aqui no Blog tem sido a apresentação das miniaturas na cristaleira, gostaria de comentar uma questão que levantei na última postagem. A iluminação das peças no interior do móvel. Uma vez que a cristaleira possui prateleiras de madeira, um possível sistema de iluminação não poderia ficar restrito à um compartimento, já que sua luz não passaria para as prateleiras de baixo. A solução veio daqui mesmo a partir dos comentários dos amigos, dentre eles o comentário do amigo Moisa de Oliveira, que me sugeriu a colocação de luminárias de LED portáteis com funcionamento à pilhas. A sugestão veio super a calhar, uma vez que não queria furar a cristaleira nem passar fiação.

Miniaturas iluminadas a partir da Luminária de LED

Após uma busca nas opções na Internet identifiquei um modelo em específico da Osram que atendia minhas necessidades e, além de tudo, possuía design elegante:  a Luminária Multiuso LED Stixx 4LEDs. Com uma base imantada que pode ser fixada em estruturas metálicas como portas de geladeiras ou estantes de metal, essa luminária é bem versátil. Embora suas 04 luzes de LED não alcancem a iluminação completa da prateleira (isso pode ser visto na foto acima), até isso eu achei que deu um efeito legal, pois alguns personagens permanecem nas sombras. Além do mais dá para ir trocando os personagens centrais ou mesmo ir mudando a luminária de lugar.



O preço é um pouco mais alto em relação ao modelo tradicional de luminária para armário (aquela redonda que se ascende à um toque no centro). No entanto como seu uso será definitivo para exposição das peças achei que valeria a pena ir comprando uma para cada prateleira ao longo de vários meses. Como a base da luminária é de metal eu comprei uma fita de velcro para segurar a luminária no teto de cada prateleira.



Outra opção que também pesquisei foi a possibilidade de iluminar a cristaleira com o que tem sido conhecido como FITAS de LED. O recurso é bem interessante, porém conforme pude pesquisar sua instalação requer certa habilidade, além de necessitar de um pequeno transformador para ajustar a voltagem e de uma tomada.

Fita de LED para iluminação de Estantes, Armários e afins...

Nessa opção eu teria então que furar a cristaleira, algo que como disse acima eu não queria. Embora o resultado possivelmente ficasse bem interessante como pode ser visto nas fotos comerciais abaixo, creio que seu custo também ficasse bem mais alto.

Foto Comercial demonstrativa do uso das Fitas de LED

Tenho monitorado qualquer possível aumento de temperatura no interior da prateleira com a iluminação da luminária. Algo assim poderia comprometer a integridade estrutural das figuras (penso eu), porém até o momento não tenho observado qualquer variação de temperatura, pelo menos à minha percepção. Como pode ser visto a iluminação faz diferença à noite se compararmos as prateleiras iluminadas na foto abaixo com as demais.


Bom amigos, espero ter contribuído com algumas ideias. Um grande abraço à todos.

sábado, 7 de setembro de 2013

Miniaturas na Estante!!


Visão Geral da Cristaleira com as Miniaturas

Bom amigos... Depois de algum tempo com minhas miniaturas guardadas esperando para serem expostas finalmente comprei uma cristaleira que chegou esses dias aqui em casa. É com muita alegria que compartilho com vocês essas fotos sobre essa minha opção de exibição. O tema "Como Exibir Minha Coleção" vem sendo discutido em vários Blogs e na rede social. E não é para menos, uma vez que tanto a Coleção de Miniaturas de Metal da Marvel e da DC são verdadeiras esculturas que realmente devem ficar à vista dos nossos olhos. No entanto, muitos colecionadores esbarram em duas questões, a 1ª relacionada ao espaço (uma vez que as duas coleções são extensas e estão apenas no início), o 2º relacionado à segurança e conservação das peças. Nessa matéria compartilharei com vocês a solução que resolvi adotar, que longe de ser a perfeita, foi para mim a que melhor se adequou.

Duas primeiras prateleiras da Cristaleira

Desde há muito tempo eu tinha o desejo de comprar uma cristaleira. Ao pesar as questões levantadas acima sobre segurança, proteção e extensão das coleções eu logo decidi por essa opção. Eu vinha expondo as peças em uma estante aberta que logo se mostrou inadequada devido ao grande acúmulo de poeira sobre as figuras. Isso fez com que eu as guardasse e partisse à procura de uma cristaleira. Após rodar várias lojas em São Paulo (capital) pude perceber que os preços variavam grandemente e não eram tão atrativos. Depois de muito procurar decidi por um modelo que agregasse preço, estilo e proteção. Alguns critérios eram imprescindíveis para mim, dentre eles a possibilidade de se enxergar as peças de vários ângulos, ou seja, seria necessário a presença de vidros anteriores, laterais e se possível posteriores. Percebi, no entanto que a presença de "vidro" encarecia grandemente a cristaleira. Sendo assim tive que ajustar esse meu desejo ao preço.

Terceira e Quarta prateleiras da Cristaleira

Isso fez com que eu tivesse que moderar a presença de vidros na cristaleira como vocês podem ver nas fotos. Outro ponto não negociável para mim era a proteção das peças frente à poeira. Embora a cristaleira fosse bem fechada ainda restavam frestas entre as portas que permitiriam a entrada de poeira, ainda mais diante do fato de haver uma construção aqui perto de casa que manda verdadeiras nuvens de pó na direção das minhas janelas. Essa questão eu resolvi comprando uma tira adesiva em uma loja de materiais de construção específica para se vedar frestas. Essa tira possui pequenos pêlos em uma de suas faces. Como vocês podem identificar na última foto desta matéria, essa fita pode ser vista nas laterais das portas.

Últimos andares da Cristaleira. Reservado à Coleção Carros Inesquecíveis do Brasil

Outra coleção que estou empenhado em fazer é a Coleção de Carros Inesquecíveis do Brasil. Sendo assim ela não poderia deixar de estar presente na cristaleira. Já comentei sobre essa coleção aqui no Blog e quem acompanha as notícias aqui deve se lembrar que ela é bem extensa também (60 carros). Sendo assim já percebi que me faltará espaço. : /


Outro ponto importante a ser considerado na compra seria a presença de uma gaveta pelo menos, na qual eu pudesse acondicionar os fascículos referentes às coleções. A foto acima mostra a gaveta já com as revistas devidamente acomodadas. Minha coleção de miniaturas ainda não é tão gigante como a de muitos colecionadores, pois tenho me concentrado (com algumas exceções) naquilo que tem saído no Brasil pela Eaglemoss, no entanto as peças ficaram bem alocadas no móvel como pode ser visto nessa sequencia de fotos individuais das prateleiras.

Detalhe Lateral da 1ª prateleira


 
Detalhe Lateral da 2ª prateleira
Detalhe Lateral da 3ª prateleira
Detalhe Lateral da 4ª prateleira
Detalhe Lateral da 5ª prateleira
Detalhe Lateral da 6ª prateleira
Bom amigos, espero ter ajudado àqueles que eventualmente estão pensando em uma forma de acondicionar sua coleção. É claro que há outras opções muito boas também, como por exemplo pequenos nichos para se pendurar na parede. Muitos amigos tem exposto fotos interessantes usando esse modelo. No meu caso a opção pela cristaleira, além do já exposto acima, foi também a possibilidade de se formar equipes e grupos de heróis e vilões, o que ficaria limitado no caso dos nichos. Estou contente com o resultado. Um último ponto que gostaria de colocar é a questão da iluminação das peças. Infelizmente as figuras não ficam tão bem iluminadas em minha cristaleira, sobretudo aquelas que ficam ao fundo. Até pensei em instalar um sistema de iluminação em cada prateleira, já que as mesmas são de madeira e não permitem a passagem de luz de cima para baixo, exigindo assim uma sistema individual de iluminação. No entanto isso encareceria muito o conjunto. Portanto ficará assim. E digo pra vocês... Estou contente assim mesmo. Aqui vai uma última foto na qual pode ser identificado o modelo de vedação que expliquei acima.


Quem quiser outras dicas ligadas à conservação e manejo das peças, além de inserção dos fascículos no fichário da Coleção de Miniaturas Marvel, fiz algumas matérias que podem ser lidas clicando aqui (parte I) e aqui (parte II). Essas dicas também valem para a Coleção da DC.

Grande Abraço à todos!
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