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domingo, 28 de outubro de 2012

007 - Operação SkyFall


Amigos... Ontem fui assistir 007 - Operação SkyFall. O filme possui os trê elementos que vem acompanhando a franquia desde 1962 (ano do lançamento do 1º "007") e que possivelmente sejam os responsáveis pelo seu sucesso, a saber: cenas de ação e de grandes perseguições; artefatos eletrônicos; e mulheres fatais. Daniel Craig é, em minha opinião, um dos melhores atores a interpretar James Bond, inclusive melhor que Sean Connery, que estaria em 2º lugar para mim. Vou tentar explicar porque. Bond é um espião altamente qualificado do serviço secreto Britânico, o MI-6. Como tal recebeu treinamento que apenas algumas tropas de elite no mundo receberam, sendo assim sempre achei que não combinava com o personagem aquele genero almofadinha e por vezes requintado demais para alguém com seu seu nível de treinamento. Craig conseguiu construir um 007 mais violento, sério e mais adequado ao tipo de serviço para o qual ele é especializado. É claro que temos que levar em conta dois aspectos: 1º - O fato de que o tipo de "007" do passado tinha muito a ver com atender ao tipo de público de antigamente, que queria ver um pouco mais de fantasia e piadas durante a ação do que o público de hoje. Em 2º lugar, e que provavelmente explica o primeiro, temos o fato de "Trilogia Bourne" de Matt Damon ter influenciado todos os últimos filmes de espionagem dos últimos anos, o que eu acho um tremendo avanço na verossimilhança desse tipo de filme.


Voltando ao filme eu diria que ele funciona bem e eu gostei. Gostaria de trazer alguns destaques. Em 1º lugar a Música principal: SkyFall, interpretada por Adele. Já tinha ouvido a Adele cantar, mas até agora para mim a voz dela era comum. Percebam como nossa música atual é menos grandiosa do que a do passado, inviabilizando que vozes de grandes cantores (as) atinjam todo seu potencial. SkyFall de Adele é literalmente um bólido que nos atinge no coração. A voz da mulher deixa uma atmosfera de "peso", certa angústia e dá o tom do filme, ou seja, feridas antigas mal curadas. Não é à toa que Daniel Craig chorou ao ouvi-la pela 1ª vez. Após uma sequencia inicial de uma perseguição de tirar o fôlego a abertura oficial do filme inicia-se com essa música. Para mim foi uma das aberturas mais bonitas que já ví. Provavelmente por causa da música, que faz com que as imagens da abertura ganhem um novo sentido. Não deixem de ouvi-la, conheçam a letra da música também pois ela fala muito da temática do filme.

Adele - Ao melhor estilo "Bond Girl" dos anos 60

Um aspecto que também achei interessante foi terem abordado um James Bond que já começa a sofrer com o fato de começar a ficar ultrapassado em função de sua idade (o que possivelmente é uma dica dos produtores de que Daniel Craig não será o próximo Bond). Como um Buldogue Velho o James Bond de SkyFall se vê diante de desafios maiores do que aqueles que seu físico podem superar. Aliás, o James Bond de Craig foi trazido para a esfera mais humana, pois foi espancado e torturado mais vezes que os demais. Acho que quiseram mostrar que ele é um agente secreto que não é imune à isso.


Javier Barden aparece com um estranho cabelo branco, como se fosse um tipo de "albino". O cara manda bem pra caramba. Ele é um ótimo ator e sua intepretação do vilão deste filme é muito boa. As Bond-Grils aparecem também mas não constituem-se no foco central, como sempre foi pelo que me lembro.


Minha única crítica: Sam Mendes (de Beleza Americana) é um ótimo diretor, e você percebe seu pulso firme ao não deixar a narrativa cair, porém a sequencia final do filme pareceu-me inverossímel em função de que nessa trama, o MI-6 lidava com algo que envolvia a segurança nacional da Inglaterra. Em sendo assim a sequencia final coloca Bond em embate praticamente sozinho com o vilão em uma situação de isolamento, algo que dificilmente aconteceria em um mundo globalizado e cheio de GPSs, satélites e sistemas de monitorização e localização como é o nosso. Tirando esse deslize, ou melhor, talvez "licença narrativa" de Sam Mendes, o saldo na minha opinião é bem positivo. Daniel Craig deixará saudades e sinto que se despeça do papel dentro em breve (pelo menos parece, posso estar enganado). Mas há rumores de que o próximo ator a interpretar o 007 seja negro, mais especificamente Idris Elba. Idris é conhecido de todos nós por interpretar "Heimdal" no filme Thor e um violento padre no filme "Motoqueiro Fantasma II" ao lado de Nicholas Cage. Eu gosto bastante desse ator, acho que ele manda bem pra caramba.


007 - Operação SkyFall é um bom filme e, na minha opinião, faz jus à tradição de seus antecessores. Abc a todos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Festa dos Quadrinhos


Pessoal, anualmente temos aqui em São Paulo uma feira de quadrinhos que, acredito eu, seja a maior do país: a Fest Comix. Essa feira é promovida por uma loja que tem um caráter pioneiro pois desde que me mudei para São Paulo em 1994 trabalha especificamente com a venda de quadrinhos. Assim ela constitui-se no que conhecemos como Comic Shop. Ano a ano a Comix tem colocado nessa feira suas revistas novas e mais antigas em oferta para nosso deleite. A força desse mercado tem crescido cada vez mais uma vez que a Fest Comix tornou-se lugar certo para anúncios de lançamentos das mais variadas editoras ligadas ao mundo dos quadrinhos.

Essa última Fest Comix ocorreu na sexta, sábado e domingo dias 19, 20 e 21 de outubro de 2012. Esse ano fui na sexta (19) à tardinha. Foi a melhor coisa que fiz, pois tem ficado impossível visita-la aos sábados em função da "massa humana" que tem ido à feira, com direito à filas que dão voltas no quarteirão para entrar. Ano passado eu fui no sábado e em função de ter chovido naquele dia até que deu pra eu me divertir, mas esse ano quem foi no sábado sentiu a sensação de "25 de Março - José Paulino" em Véspera de Natal! Mas vamos às minhas impressões e aquisições. Estavam expostos a maioria dos encadernados de peso lançados esse ano pela Panini. Outras editoras também estavam bem representadas com stands específicos. Havia também uma seção de HQs importadas que achei bem interessante. Além disso os caras mantiveram o esquema de sessões de autógrafos com convidados importantes do mundo dos quadrinhos, dentre eles: Jamie Delano (roteirista da revista HellBlazer), Danilo Beyruth (Astronauta - Magnetar), Fábio Civitelli (famoso escritor do Tex), entre outros. Além disso, havia os tradicionais Cosplays!!

Concurso de Cosplays

Haviam revistas realmente em conta. Dentre minhas aquisições destaco: "Batman: Vitória Sombria", "Batman: Dia das Bruxas", "Astronauta - Magnetar" e alguns números da série "Fábulas" do sêlo Vertigo. Estava muito ansioso para ver as novidades que os editores Panini Marvel e DC iriam contar nas palestras que fariam no sábado e domingo, como fui só na sexta não assisti. Porém o Léo do Submundo-HQ já nos passou as novidades. Para ver a reportagem com as informações na íntegra clique aqui. Abaixo segue apenas um resumo dos lançamentos prometidos pelos editores e que reproduzo aqui a partir das infromações do Léo. 

Ao lado coloco os que provavelmente vou conferir:

- Nova fase do Demolidor sob a batuta de Mark Millar (tô dentro!!).

- Encadernado para adultos com o Justiceiro. Roteiro de Jason Aaron.

- Demolidor Noir e Justiceiro Noir (tô dentro!!).


- Coleção Histórica Marvel do Homem-Aranha (Fase clássica do Aranha tô dentro com certeza).

- Biblioteca Histórica Marvel (agora sairá anualmente apenas).

- Holy Terror - Terror Sagrado do Frank Miller (tô fora de patriotadas americanas como essa HQ parece ser).

- Encadernado "Vingadores Sombrios" com arte do brasileiro Mike Dedato (vamos ver).

- Paraíso X (tô dentraço!!!!!) Depois das dificuldades que eu passei para conseguir "Terra X" não vou deixar passar por nada a conclusão da saga!


- X-Men 6.

- Nêmesis (Mark Millar). Vou ver, não digo nem que sim nem que não por enquanto.


- Homem de Ferro: Extremis. Encadernado. Veremos, por enquanto nada a declarar.

- Relançamentos de HQs mais antigas: Batman: Asilo Arkhan (já tenho); Os Livros da Magia (já tenho pela Abril); Batman: Descanse em Paz (darei uma conferida no material); Dr. Estranho e Dr. Destino - Triunfo e Tormento (parece bom essa aí hein!!).


 - Superman - Terra 1 (reapresentação do herói para o nosso século) (vou checar).


- Flex Mentallo (Série de Grant Morrison). ( : / ).

- O Mágico de Oz, versão ganhadora do prêmio Eisner. (Como os lançamentos são muitos uma adaptação como essa só entrará na fila se tiver alguma novidade a oferecer).

- A polêmica série "Before Watchen". Digo polêmica em função do criador dos personagens (Alan Moore) ter "metido a boca" nessa adaptação que tem um certo "ar" "caça-níquel". Vale a pena dar uma conferida no material na minha opinião.


Bom pessoal, para lerem mais sobre esses lançamentos sugiro darem uma olhada na reportagem do Léo no link que postei acima, de onde tirei todas essas informações passando-as de forma resumida. Valeu! Essa foi minha experiência com a Fest Comix esse ano!!

domingo, 14 de outubro de 2012

DC: A Nova Fronteira


Escrever... E escrever com sinceridade é uma dádiva. Como grande admirador do visual retrô que eu sou, há muito vinha pensando em adquirir uma HQ encadernada em duas partes chamada: DC - A Nova Fronteira. Embora eu houvesse escutado comentários a favor e contra essa história, eu resolvi checar por mim mesmo. Ao começar a ler percebí que estava diante de uma obra prima da 9ª Arte. Apesar do gosto pessoal ser algo passível de críticas, nada se compara ao prazer de se ter em mãos um texto justo, sincero e acima de tudo que transmite o respeito que a mídia merece. Darwin Cooke é o roteirista desta grande obra sobre os primórdios da Era de Prata do heróis da DC (final da década de 50 e início da década de 60). Cooke olha para os eventos políticos e sociais que ocorreram nessa época em nosso mundo real e os mescla aos quadrinhos de uma forma única. Ele consegue escrever uma história que seria impossível de ser escrita à época em que se passa. Com a possibilidade de enxergar tudo com 50 anos de distância, Cooke amarra tudo com maestria, coisa que seria impossível ao roteirista que vivesse naquela época, que conseguia enxergar apenas os fatos isolados de uma época de efervecência cultural, política e social ao redor do mundo.


A começar pelo traço retrô de Darwin Cooke, tudo em "A Nova Fronteira" funciona bem. Com o término da 2ª Guerra Mundial os super-heróis passaram a não mais fazer sentido, motivo pelo qual as vendas de gibis caíram muito na década de 50 em nosso mundo real. Cooke conta essa história, mas no mundo dos heróis. Em plena caça às bruxas empreendida pelo Macartismo nos Estados Unidos, no qual todos poderiam ser inimigos e comunistas, os Super-Heróis também são obrigados à revelar suas identidades secretas e passar a trabalhar para o governo. Em represália, e frente à tamanha ingratidão das autoridades norte-americanas, os antigos heróis da Era de Ouro abandonam suas vidas de heroismos e se aposentam, recolhendo-se silenciosamente às suas identidades civis. Esse é o pano de fundo e premissa central que norteia "A Nova Fronteira", ou seja, um mundo mais complexo e, à exemplo de nosso mundo atual, mais desconfiado de que o inimigo pode morar ao lado. Darwin Cooke, baseado na mitologia clássica de cada personagem, vai arquitetando o aparecimento desses heróis em vários lugares dos Estados Unidos. Clandestinos, tímidos em suas ações, mas preparados para combater uma grande ameaça que se agigantava no horizonte: A Entidade conhecida como "O Centro".


Na história, os detalhes mais básicos de cada super-herói é captado, lapidado e apresentado ao leitor que só é capaz de dizer: "Putz... É isso que sempre me encantou!!". Cooke destila o que cada um tem de melhor em sua essência e apresenta os grande ícones de nossas infâncias como diamantes burilados ao extremo. Embora alguns possam dizer que falte sangue e violência nessa história, por outro lado sobra roteiro inteligente e diálogos certeiros na boca de cada herói. Mesmo o Superman é retratado inicialmente como o bom menino do Tio Sam (conforme sua premissa de criação), mas vai sendo confrontado pelas situações. Há um momento emblemático em que, em plena Guerra da Coréia, a Mulher-Maravilha ajuda um bando de mulheres, que haviam sido estupradas, dar cabo dos soldados responsáveis pelo estupro coletivo, exterminando-os. Superman cobra explicações da Amazona que apenas responde:

Mulher-Maravilha: "Olhe ao redor!! Não há regras aqui. Apenas insanidade e sofrimento. Eu quero que você volte e diga isso ao seu sub-secretário!! Você sabe onde fica a porta, Homem do Espaço."

Em outro momento emblemático, esse mesmo Superman carrega a Amazona ferida e inconsciente.


Uma das sequencias mais interessantes que já lí em quadrinhos pertence à "Nova Fronteira". Em uma converssa que Batman trava com John Jones (futuro Ajax), Bruce Wayne mostra o quanto é frio, perspicaz e perigoso. Usando poucas frases ele literalmente congela de medo o marciano ao mencionar o "fogo", pavor de Jones recém descoberto por Batman.

Batman: "Foi preciso uma lasca de meteoro de setenta mil dólares para deter o de Metrópolis. Para você basta um centavo para comprar uma caixa de fósforos".


Também há a beleza da 1ª infância. Algo que todos nós carregamos dentro de sí, e que a gente (amante dos quadrinhos) não tem medo de esconder, e por isso mesmo às vezes fomos ridicularizados em nossos gostos. Darwin Cooke discute isso em um pósfácio maravilhoso em que fala das coisas (programas de televisão, gibis, livros) de sua infância. Muitas dessas coisas ele percebeu, quando cresceu, que eram de "mentira" (naves espaciais em programas de TV, cenários que eram construídos para parecerem castelos e que na verdade eram a parte dos fundos de um galpão...) mas que isso não importa, a magia estava lá. Muitas pessoas ao nosso redor passam a vida rejeitando essa "imaginação" e "magia". Acreditam que são coisas de criança para, ao perceber que a morte se aproxima com a velhice, entender que são sentimentos essenciais à nossa frágil existência.


"A Nova Fronteira" é tudo isso e me fez entender um pouco minha paixão por tão tímida, singela e proscrita arte. Nela podemos encontrar esse sentimento da 1ª infância que deveria nortear a vida dos adultos. Não é a toa que alguém já disse: "Quem não receber o Reino como uma criança, jamais entrará nele".


Bom amigos... essa eu coloco no verbete "HQs Favoritas"... Pelo menos na minha humilde avaliação. Sei que muitos que a leram não acharam tudo isso... Mas é como sempre digo, parte do valor da arte está nela te tocar no fundo da alma, e isso é extremamente particular. Abraço a todos!!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Miniatura Marvel Nº 10 - Dr. Destino

Miniatura Marvel Nº 10 - Dr. Destino

Uma das gratas surpresas que tive semana passada foi a chegada do Nº 10 da Coleção de Miniaturas Marvel em minha casa. Surpreendi-me bastante com os detalhes, robustez e peso desta miniatura que caracteriza o clássico, temido e conhecido vilão do Quarteto Fantástico: Dr. Destino. Destino na verdade é Victor Von Doom um brilhante garoto que viria a se tornar o soturno vilão que sempre rivalizou em inteligência com Reed Richards (Sr. Fantástico) do Quarteto Fantástico. Aliás, vale dizer que Richards foi seu "colega" de universidade e um dos poucos que, genuinamente, já quis ser amigo de Von Doom. Os dois se conheceram ainda na Universidade Empire State. Arrogante e pretencioso, Victor Von Doom seria vítima de uma experiência científica arquitetada por ele mesmo que dá errado. Seu rosto seria desfigurado e isso acentuaria mais ainda sua mente desejosa de poder e conquistas megalomaníacas.

Miniatura Marvel Nº 10 - Dr. Destino

Victor nasceu pobre em um acampamento cigano no frio país europeu chamado "Latvéria". Filho de ciganos perseguidos ele teria seus pais mortos quando ele era muito jovem. Sua tenaz e brilhante mente o conduziria pelos labirintos do ódio, porém ao mesmo tempo ele nutriria um sentimento de justiça e compaixão pelos pobres e oprimidos cidadãos da Latvéria. Esse amálgama de sentimentos daria à Von Doom uma personalidade complexa e muito interessante de ser observada nas diversas histórias de confronto entre ele e o Quarteto Fantástico. De volta ao seu país após o acidente que desfigurara seu rosto, Von Doom empreende uma campanha de conquista bem sucedida na Latvéria transformando-o em senhor absoluto daquele país. Capaz de atos de crueldade imensos contra os demais habitantes da Terra, Von Doom seria adorado pelos cidadãos da Latvéria como um ditador generoso e justo. Essa grande dualidade é na verdade uma grande característica de diversos despotas que já passaram pela história da humanidade no mundo real. E nisso está a grande genialidade de Stan Lee e Jack Kirby (criadores do Dr. Destino), a grande dupla responsável, junto com outros artistas, pelo ressurgimento dos quadrinhos no final da década 50, o que ficou conhecido como Era de Prata dos Super-Heróis.

Miniatura Marvel Nº 10 - Dr. Destino

Lee e Kirby acertaram sobretudo no visual de Destino. A presença de sua máscara de ferro que encobre não apenas um rosto desfigurado, mas também uma alma deformada, traz a aura dos carrascos da idade média que tanto habita o imaginário coletivo. Como podemos ver a criação de um personagem não é algo simples. Embora envolva um pouco de sorte e oportunismo ela é fruto de mentes criadoras que conseguem sintetizar aspectos visuais e psíquicos que, uma vez concentrados em uma mesma figura, catalizam a essência de "tipos" reais que estão à nossa volta no mundo real.

Miniatura Marvel Nº 10 - Dr. Destino

Eu não poderia deixar de fazer alusão à alguns personagens famosos da literatura que tem muito do Dr. Destino. Dentre eles gostaria de citar alguns criados pela inventiva mente de Julio Verne. No romance "Robur - O Conquistador" de 1885, Julio Verne nos apresenta um homem desiludido da humanidade e disposto a ataca-la e destrui-la pelo bem maior. Em sua fortaleza voadora Robur empreenderia ataques mortíferos à diversas capitais do mundo, matando milhares de pessoas, na tentativa de forçar os governantes do mundo à abdicarem de seus arsenais de armas. Outro personagem que traz muito do Dr. Destino é o ""Capitão Nemo" do romance "20.000 Léguas Submarinas". Dentro de sua fortaleza marítima, Nemo almeja objetivo semelhante ao de Robur, deixar a humanidade de joelhos ante à sua visão de mundo. Victor Von Doom traz sentimento um pouco semelhante à esse aplicado ao seu povo da Latvéria.

Miniatura Marvel Nº 10 - Dr. Destino

A miniatura de Destino é fenomenal. Toda essa aura de crueldade, liderança e inteligência pode ser depreendida da figura. Os detalhes são muito vistosos. A começar pelas ondulações da capa, reproduzidas fielmente no metal. A armadura também está bem representada, lembrando as armaduras dos cavaleiros medievais. Suas articulações estão bem visíveis nos joelhos e cotovelos. A ideia de Lee e Kirby pode muito bem ser observada, ou seja, a necessidade de um distanciamento proposital do personagem à tudo que possa ser chamado de humano. Sua vontade de ser superior aos outros e sua pretensão de conquista também estão ali representadas. O detalhe do capuz, embora pareça simples, relembra a origem de Victor, ou seja, os ciganos europeus, tão perseguidos e sofridos.

Miniatura Marvel Nº 10 - Dr. Destino

Caso você esteja garimpando apenas as melhores miniaturas dessa coleção essa é uma que não dá para perder. Um grande abraço a todos!

sábado, 6 de outubro de 2012

Miniaturas Marvel - Parte III

Miniaturas da Coleção lançadas aqui no Brasil

Caso você esteja chegando ao Brasil agora, vindo de um outro Planeta ou de uma outra Dimensão talvez você não tenha ficado sabendo do grande evento deste ano que abalou as estruturas do universo das HQs / Colecionismo: O Lançamento da Coleção de Miniaturas Marvel pela editora Panini. Esse seria o único motivo que explicaria sua ignorância a respeito disto. Porém vamos supor que você seja realmente uma destas pessoas que está caindo de para-quedas no mundo desta coleção e está ávido por informações. Dê uma olhada então em algumas postagens anteriores aqui do Blog que tratam desta coleção, a Miniaturas Marvel - Parte I e Miniaturas Marvel - Parte II. Até o momento contamos com o seguinte quadro de lançamentos:

- 2ª Quinzena de Abril - 2012: Nº 01 - Homem-Aranha.

- 1ª Quinzena de Maio - 2012: Nº 02 - Wolverine.

- 2ª Quinzena de Maio - 2012: Nº 03 - Dr. Octopus.

- 1ª Quinzena de Junho - 2012: Nº 04 - O Coisa.

- 2ª Quinzena de Junho - 2012: Nº 05 - Magneto.

- 1ª Quinzena de Julho - 2012: Nº 06 - Blade.

- 2ª Quinzena de Julho - 2012: Nº 07 - Surfista Prateado.

- 1ª Quinzena de Agosto - 2012: Nº 08 - Duende Verde.

- 2ª Quinzena de Agosto - 2012: Nº 09 - Capitão América.

- 1ª Quinzena de Setembro - 2012: Nº 10 - Dr. Destino.

- 2ª Quinzena de Setembro - 2012: Nº 11 - Fênix.

Atualizando...

- 1ª Quinzena de Outubro - 2012: Nº 12 - Homem de Ferro.

- 2ª Quinzena de Outubro - 2012:  Nº 13 - Demolidor.

- 1ª Quinzena de Novembro - 2012:  Nº 14 - Tempestade.

- 2ª Quinzena de Novembro - 2012:  Nº 15 - Thor.

- 1ª Quinzena de Dezembro - 2012:  Nº 16 - Fera.

- 2ª Quinzena de Dezembro - 2012: Nº 17 - Elektra.

- 1ª Quinzena de Janeiro - 2013:  Nº 18 - Tocha Humana.

- 2ª Quinzena de Janeiro - 2013: Nº 19 - Justiceiro.

Obs.: O calendário acima não obedece a chegada da Miniatura em banca e aos assinantes. É na verdade um calendário de lançamentos ideal (conforme informado pela Panini) a partir do 1º lançamento na 2ª quinzena de Abril (lançamento de duas miniaturas por mês). Como pode ser constatado na prática ocorreram atrasos nas entregas, fazendo com que o mesmo não fosse obedecido.

Especulações à parte, em conversa com um camarada meu que possui importantes contatos com a Panini, fiquei sabendo de notícias animadoras sobre o futuro desta coleção aqui no Brasil. A Panini estaria com planos de continuar a coleção  depender das renovações das assinaturas para um 2º ano com as miniaturas acima do Nº 27. Além disso haveria sim a possibilidade de lançamento da Coleção com as miniaturas da DC. Ambas coleções são fabricadas pela Eaglemoss, empresa europeia da área do colecionismo. Esse lançamento aqui no Brasil faz todo o sentido se pensarmos que com a crise europeia muitas empresas devem estar buscando novos mercados para vender seus produtos, uma vez que o cidadão europeu, em função da crise, não deve estar pensando muito em completar coleções. Já o Brasil com a melhora econômica é um grande mercado. Isso me lembra os anos 80 e 90, época em que nós brasileiros sonhávamos com os produtos vendidos lá fora, muitos desses produtos aliás nós nem ficávamos sabendo que exitiam. Pois agora creio que a coisa se inverteu e somos sim um importante mercado consumidor desses produtos.

Brindes recebidos pelos Assinantes da Coleção (pelo menos alguns)
A coleção tem feito sucesso e a Panini deve "abrir o olho" para não perder esse "filão" pois outra empresa aqui do Brasil que tem plenas condições de dar continuidade ao lançamento dessa coleção e até de lançar a da DC, é a Editora Planeta DeAgostini. Encontrar as miniaturas para comprar em bancas tem se tornado algo difícil. Elas são lançadas quinzenalmente sempre no início de cada quinzena e se você deixa para procurar o jornaleiro um pouco depois é bem possível que você já não as encontre mais. A melhor coisa a fazer é combinar com um jornaleiro de sua confiança para guardar uma unidade para você. Isso também facilita o vendedor que já faz o pedido da quantidade correta de miniaturas, evitando assim eventual encalhe. A quantidade de miniaturas recebida em cada banca tem caído e eu acho que isso é reflexo do grande Nº de assinaturas que foram feitas por meio do site oficial da coleção. Isso refletiria seu sucesso. Todos tem torcido para que a Panini ou outra empresa da área continue a coleção, melhorando os problemas de distribuição junto aos assinantes e proporcionando um maior canal de comunicação entre os colecionadores/consumidores e a empresa, um pedido que tem sido constante entre os fãs em sites e na rede social. Vale ressaltar o importante papel que esses veículos tem tido na divulgação e discusão entre os fãs. Destaco dois deles: o Blog Submundo - Hq e a página Miniaturas Marvel no Facebook. Para entrar nessa discusão mais à fundo visite essa página no face. É isso aí! Abração à todos!!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Miniatura Marvel Nº 09 - Capitão América

Miniatura Marvel Nº 09 - Capitão América

O Nº 09 da Coleção de Miniaturas Marvel é dos meus personagens favoritos. O Capitão América foi criado por dois grandes ícones da indústria dos quadrinhos, Joe Simon e Jack Kirby em 1940. Ele nasceu no que conhecemos como a Era de Ouro dos Quadrinhos (1938 - 1951) e é fruto desta época em quase todas as suas características. Em sua criação o Capitão foi um sucesso imediato. Logo de início ele já é colocado para lutar contra as forças do Eixo na Europa em plena 2ª Guerra Mundial, algo que os fãs de quadirnhos da época queriam que outros personagens fizessem, como o Superman da DC por exemplo, porém muitos editores relutavam. Inserir um personagem dos comics (gibis) no cenário político real foi algo muito relevante.

Miniatura Marvel Nº 09 - Capitão América

Após o final da 2ª Guerra os gibis perderam muito em popularidade, de maneira que diversos personagens caíram no esquecimento. Não foi diferente com o Capitão América. Excetuando-se uma ou outra aparição após a Era de Ouro ele praticamente havia sido esquecido. Com o início da Era de Prata em 1956, capitaneada sobretudo por Stan Lee na Marvel e por Julius Schwartz na DC, diversos personagens seriam atualizados, revigorados e explodiriam novamente nas bancas. O Capitão foi resgatado de seu limbo de maneira magistral por Stan Lee. Com uma história bem engendrada, Lee situaria o Capitão nos anos 60 informando que ele teria permanecido congelado em um bloco de gelo no mar do norte após uma explosão no final da 2ª Guerra. Seu resgate ficaria ao cargo do grande e joven grupo de heróis conhecido como Vingadores. Com essa hsitória o Capitão estava de volta ao mundo.

Miniatura Marvel Nº 09 - Capitão América

O Capitão América é na verdade Steve Rogers, um franzino e idealista jovem que sonhava em fazer algo grande pela humanidade, porém seu físico o faria ser rejeitado pelo exército. Rogers foi então voluntário em 1940 numa experiência científica do governo dos EUA na qual ele reberia um "Soro" do super-soldado que o transformaria num homem com força e reflexos extremamente aumentados. O coração de Steve, no entanto, permaneceria o mesmo. Sua força de vontade para se sacrificar pelo mais fraco permaneceria inabalada. A nostalgia que envolve o personagem sempre me chamou muito atenção. Apesar de seus sacríficios na 2ª Guerra Mundial ele teria ainda que se adaptar e se encontrar em um mundo diferente do seu ao acordar muito tempo depois de sua hibernação. Essa solidão e estranheza de Steve Rogers em seu novo mundo foi objeto de uma postagem recente que fiz aqui no Blog: Capitão América: Um Homem a Frente do Seu Tempo, uma HQ publicada em Avante Vingadores Nº 53.

Miniatura Marvel Nº 09 - Capitão América

Embora alguns leitores desafisados possam achar que Steve Rogers é apenas mais um "pau-mandado" do governo dos EUA, isso não é verdade. O Capitão já provou que não é um simples soldado cumpridor de ordens do Tio Sam, e ele mostrou isso em várias situações nas quais lutou por valores que extrapolaram objetivos governamentais. Posso citar duas delas. A 1ª foi nos anos 70 quando, em um história que até hoje é muito elogiada, ele percebe a corrupção do governo americano. Ao final desta saga ele abandona seu uniforme e passa a operar sob o codinome de "Nômade". Interessante é que no final dessa história dá a entender que o presidente americano responsável por essa desilusão de Steve Rogers é Richard Nixon, o famoso e corrupto presidente norte-americano.

Miniatura Marvel Nº 09 - Capitão América

A 2ª e mais emblemática situação ocorreu recentemente (2007) por ocasião da Mega-Saga "Guerra Civil", na qual o governo americano aprova uma lei pela qual todos os super-heróis teriam que atuar como agentes registrados do Estado, respondendo diretamente ao presidente e à CIA. Steve Rogers literalmente rompe com tudo e passa a atuar como "cabeça" da resistência (heróis que se negaram a se registrar como super-humanos). O Capitão provaria a todos os heróis e a todos os fãs desinformados de quadrinhos que ele age sob leis mais nobres e perenes. Essas diversas facetas do personagem: idealista, pronto a se doar pelo outro, ser independente em suas ideias e valores, além de um pouco antiquado em relação aos novos costumes tecnológicos, me fazem coloca-lo entre os meus preferidos.

Miniatura Marvel Nº 09 - Capitão América

Bem, se você o achava um personagem simples e vazio, sugiro ler um pouco de sua biografia. Essa miniatura da Coleção Marvel Figurine é bem interessante, embora eu creia que deva ter sido difícil fazê-la. Sobretudo para o pintor, pois a máscara parece ter sido um desafio devido a pequena área disponível para pintura. Eu gostei bastante. Decidí colocar um céu com nuvens ao fundo da miniatura e não a bandeira dos Estados Unidos, pois é assim que vejo o personagem, como alguém que luta por valores que transcendem um país apenas. Espero que tenham gostado. Grande abraço a todos!
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